quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Castro Daire 6 - Campia 0

99 Baía, 9 Telmo, 3 Marco, 22 Tony, 14 Jorge Gémeo, 19 Hugo Parente (15 Tiago, 54’), 17 Capacete, 10 Gancha, 26 Luís Gémeo (11 André Lima, 73’), 7 Marcelino (cap.) (2 Necha, 73’), 8 Spike;
Golos: Marcelino, Gancha, Adrien (ag), Luís Gémeo, Spike, Tony.

12 Renato, 6 Laranjeira (cap.), 7 Serginho, 9 Alegria, 10 Pablito, 13 Costa (17 Tiago, 50’), 14 António (8 Bruno, 24’), 15 Moura (4 Videirinha, 73’), 18 André Marcos, 21 João Pereira, 22 Adrien.

O encontro começou de forma descomplexada pelas duas equipas, que desde cedo apresentaram um futebol positivo e aberto, num belo sintético como é o do Complexo Desportivo de Castro Daire. A equipa local inaugurou o marcador aos 5 minutos, por intermédio do capitão Marcelino, que bateu, de cabeça, Renato pela primeira vez, após infelicidade de André Marcos, que perdeu a bola em zona proibida. O segundo golo surgiu aos 15 minutos por Gancha, que “chapelou”, de fora da área, toda a defensiva do Campia, após um desentendimento entre Renato e o central António. Foi este último o primeiro a “sentir na pele” o desagrado do técnico Virgílio, que o retirou de campo aos 24’ para dar lugar ao júnior Bruno. Logo a seguir, Adrien tenta interceptar um cruzamento rasteiro, mas acaba por introduzir a bola na própria baliza e, logo depois, Luís Gémeo fez novo golo para o Castro Daire. Com meia hora de jogo, o Castro Daire vencia por 4-0. Até ao intervalo, mais um golo do Castro Daire, desta vez com Spike a superiorizar-se no jogo aéreo a Bruno e a completar tranquilamente a “manilla” que se verificava ao intervalo.
É importante referir as inúmeras desatenções defensivas da equipa do Campia. Todos os golos surgiram de falhas e infelicidades individuais. Sem tirar o mérito à equipa do Castro Daire, que tem, de facto, uma dinâmica de jogo muito mais entrosada e fluida (e é a melhor equipa do campeonato), a verdade é que, defensivamente, o Campia revelou-se desastroso, com algumas faltas de rotina, é verdade, mas sobretudo com muitas falhas de concentração. No capítulo ofensivo, a equipa conseguiu alguns lances interessantes, sob a batuta de João Pereira. O ajuste feito por Virgílio ao intervalo, com o recuar do 21 para central, ajudou a equilibrar a equipa, mas retirou-lhe poder ofensivo.
De qualquer forma, a segunda parte apenas reservou mais um golo, aos 54’, na sequência de um pontapé de canto, com uma boa cabeçada de Tony. Até ao fim, o Castro Daire relaxou, dominou o jogo como quis e podia ter ampliado ainda mais a vantagem. O Campia, já no final, podia também ter feito o tento de honra, não fosse Serginho falhar aquilo que parecia um golo certo, embora tenha também contado com a defesa da tarde por parte de Baía.
Vitória sem contestação e por números que espelham o que se passou em campo. O Castro Daire (equipa compacta e homogénea em todos os sectores) tem todas as condições para vencer esta Série , enquanto que, em Campia, há ainda muito trabalho a fazer com esta jovem e irreverente equipa, que peca ainda por alguma imaturidade.
Arbitragem tranquila de Vítor Silva, que não mostrou qualquer cartão.
http://www.vfm.fm/?noticia=11660&t=31