segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ac Viseu 2 - União da Serra 2

Ac Viseu:
Paulo Freitas, Marco Almeida, Tiago, Jonas, Marcelo, Calico (Hugo Seco), Álvaro, Fernando Ferreira (Zé Bastos), Tomé, Rui Santos, Guima (Everson);
Golos: Guima, Zé Bastos.

O Académico entrou bem na partida. Logo aos 2 minutos, o inevitável Rui Santos subiu solto pelo flanco esquerdo e tentou assistência para Guima facturar só que um dos centrais visitantes cortou na 'hora h'. O mesmo não aconteceu na combinação entre Tomé e Guima. Este último isolou-se, ultrapassou o guardião Sérgio Fonseca e, mesmo aos tropeções, carimbou um bonito golo.
A vencer, os viseenses poderiam ser embalados para mais uma exibição interessante e, porventura, mais concretizadora mas, apenas 2 minutos volvidos, o União da Serra fez o empate, concretizando um canto do lado esquerdo ao 1.º poste com um cabeceamento certeiro de Parracho. O 'tento' vinha mesmo na pior altura para os locais que não encaixaram bem o golo, notando-se de imediato uma quebra anímica que, de alguma forma, entorpeceu a sua exibição.
Ao minuto 33, numa boa jogada dos viseenses, Tomé isolava-se quando o último defesa entrou sobre ele a pés juntos. O árbitro ficou-se pelo amarelo a Marco Aurélio mas sem grande justificação para apenas aquela cor.
O 'pesadelo' para António Borges viria, porém, mais tarde, aos 36 minutos. Guima saltou na área e cabeceou com perigo, ao lado, e ficou depois estendido no relvado. Acabou por ser substituído (apresentava tonturas) e mais tarde seria mesmo levado para o hospital com um saco de gelo na cabeça. Entrou para o seu lugar Everson, que fez assim a sua estreia esta temporada.
Ao intervalo, o técnico academista teve que readaptar a equipa à entrada do brasileiro. Zé Bastos também entrou (substituiu o 'apagado' Fernando Ferreira), Everson recuou e Bastos ficou assim mais destacado na ponta do ataque, de resto, constituído pelos mesmos jogadores que, na época passada, ajudaram a garantir a subida.
Ainda assim, a 2.ª parte começou mal para o Académico. Novamente no momento mais "cirúrgico", o União da Serra facturou. Bola lançada para o 1.º poste, Paulo Freitas, talvez pelo sol que o 'encadeava', ficou mal na fotografia e após um primeiro ressalto, Pedro Mendes atirou com facilidade para a baliza deserta.
Mas se o 2-1 colocava pressão sobre os viseenses, aos 61 minutos era o 3-1 que quase deixava os adeptos à beira de uma taquicardia. Paulo Freitas aos 'papéis' de um lado para o outro e Marco Aurélio, de cabeça, a atirar à barra.
Era, sem dúvidas, o pior momento do jogo para o Académico que só voltaria a criar perigo aos 71 minutos. Rui Santos, bem isolado por Everson, atirou cruzado para defesa de Sérgio. O auxiliar Rui Silva também ia, por esta altura, 'inventando' alguns pontapés de baliza e até um fora-de-jogo fruto de um ressalto involuntário.
Aos 86', Álvaro é expulso enquanto saía deitado na maca, depois de entrada dura sobre um adversário.
Mesmo a jogar com 10, o Académico dominou nos últimos minutos mas sem disso tirar grande proveito. A entrada de Hugo Seco para o lugar de Calico foi também acompanhada pela subida do 'central' Jonas para o ataque e do recuo de Tomé para a defesa, ficando a equipa, em alguns momentos, apenas com três homens mais recuados.
Já nos 'descontos', os viseenses acabariam por ter a sorte que lhes faltou noutras alturas. Marco Almeida subiu à linha de fundo para cruzar e Zé Bastos, num voo 'mortal', cabeceou com sucesso para o fundo das redes.
O resultado é um mal menor para um Académico 'pobre', sobretudo se o compararmos ao que se tem visto nas últimas partidas. A equipa demonstra pouca capacidade de sofrimento e uma enorme dificuldade em reagir quando está em desvantagem.
A 'intermitência' exibicional também já deixa de ser aceitável a esta altura do campeonato.
Má arbitragem do trio bracarense.
Vitor Ramos in Diário Regional de Viseu