quando os milhões são de lata

Riade 89 e Lisboa 91 colocaram Portugal "nas bocas do mundo", através de 2 titulos mundiais conquistados por ilustres desconhecidos, de baixos ordenados e de fraquissimo relevo na comunicação social; era uma equipa de tostões que procuravam a sua própria afirmação.

Posteriormente ficaram conhecidos como a "geração de ouro" do futebol português, e todos os sectores de formação recolheram vantagens, visibilidade e renome.

A equipa que esteve na Holanda a disputar o europeu de sub-21, tem diferenças enormes em relação ao passado glorioso de outrora: elevadissimos salários, uma comunicação social excessivamente optimista, e notariedade internacional.

Antes da competição se iniciar, a julgar pelos jornais, Portugal parecia ter conquistado o troféu, fruto de uma equipa onde pontifica um rei de 25 milhões de euros (Nani) , e vários principes que diariamente nos invadem em entrevistas televisivas (Moutinho, Manuel Fernandes, Miguel Veloso, Hugo Almeida e companhia) .

Uma equipa de milhões, que não conquistou o ouro nem a prata...trouxe a lata!

Extremamente negativa, foi a postura do comentador da TVI; na 1ª parte pediu pelo menos 5 vezes a substituição de Manuel Fernandes, porque este e Miguel Veloso jogavam muito próximos, na 2ª parte elogiou a cultura táctica de ambos porque se compensavam nas acções defensivas/ofensivas, contradições que em nada prestigiam quem fala para milhões espectadores.

No flash-interview, quando Manuel Fernandes falava, o mesmo canal de televisão passava repetidamente os golos de Nani e Miguel Veloso, e apenas estes golos; quando José Couceiro usou da palavra, e quando todos esperavam que os restantes golos nacionais fossem mostrados, a televisão focou a imagem num cartaz onde se podia ler: "Nani dá-me a tua camisola"

TVI - Televisão Independente????????