quarta-feira, 27 de maio de 2009

pobre profissionalismo

"Quero ser como o Cristiano Ronaldo", esta é provavelmente uma frase repetida constantemente por qualquer jovem atleta, mergulhado num sonho imenso.
Grandes clubes, projecção, muitas entrevistas e essencialmente uma reputação impar, são os objectivos de um inicio de carreira apostada no profissionalismo da competição!!
A realidade é completamente diferente, e são inumeras as vezes que o insucesso deixa "marcas" psicológicas inultrapassáveis, e o sonho do estrelato se transforma no pesadelo de uma carreira que, mais que ter terminado, provavelmente nunca se chegou a iniciar.
Quando falamos em profissionalismo, não devemos reparar somente nos atletas do Manchester United, Milan, Barcelona ou Real Madrid; há profissionais que "andam perdidos" numa 2ª B e numa 3ª Nacional, e que quando começaram as suas respectivas carreiras, também "alimentavam" a ideia de uma transferência milionária.

O Boavista Futebol Clube, nos ultimos 10 anos, passou de campeão nacional e semi finalista da UEFA, a despromovido da Liga Vitalis.

A UD Rio Maior, clube que disputa a 3ª Divisão Nacional, tem um plantel constituido por 21 jogadores, dos quais 11 dependem financeiramente da actividade desportiva, num regime de semi-profissionalismo, com recibos verdes, acamparam em greve de fome, à entrada do Estádio Municipal de Rio Maior desde as 23 horas da última sexta-feira (22/05/09), por terem 6 meses de salários em atraso.

Outra instituição desportiva a atravessar dificuldades financeiras, é o Barreirense:
" Não podemos ter défices anuais de 300 ou 400 mil euros, no ano passado foi de 330 mil euros e não se pode desbaratar todo o património do clube. O basquetebol e o futebol seniores apresentam défices substanciais, que o clube não tem capacidade para suportar", referiu o presidente do clube, que formou, entre outros Chalana, Manuel Bento, José Augusto e Carlos Manuel.

As instalações do Sintrense, assim como os bens de alguns sócios do clube, encontram-se temporariamente penhorados devido a um empréstimo contraído para a construção da bancada do estádio, o qual não foi ainda liquidado.

O plantel do Lusitano Évora, clube da Série F da 3.ª Divisão que passou pelo escalão principal do futebol português na década de 50 do século passado, recusou-se a treinar este sábado. A medida foi uma forma de protesto pela existência de mais de três meses de salários em atraso.