segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Tondela 6 - Operário 2

Tondela:
Bruno Sousa, Vitor Borges, Diego, Carlos André, Luis Carvalho; Xico, Penela, Gomes, Ricardo, Dany, Piojo;

O Tondela está, de novo, mais perto do topo da tabela após vencer o Operário por categóricos 6-2, em casa. A formação de António Jesus foi mesma a única equipa entre os 4 primeiros a conseguir ganhar e, diga-se, fê-lo com uma excelente exibição, sobretudo pela eficácia demonstrada.
Jesus colocou um 'onze' muito perto do habitual, notando-se apenas a titularidade de Dany (esteve bem em Arouca mas o nervosismo da estreia no João Cardoso 'anulou-o') e de Vítor Borges no lado direito da defesa (Tarzan castigado).
Entrou melhor o Tondela que, aproveitando uma saída em falso do guardião Nuno Ricardo, quase marcou. Ricardo não evitou o corte de cabeça de Luís Soares no caminho do esférico para a baliza.
Melhor oportunidade só mesmo a de Piojo logo a seguir. O avançado argentino passou por quase toda a defesa mas, uma vez na 'cara' do guarda-redes, levou o lance longe de mais e Nuno Ricardo, com as pontas dos dedos, tirou a bola dos pés do avançado.
O 'festival' Piojo prosseguiria aos 21 minutos. O avançado cai na área e o árbitro viu penálti de Ruizinho. Lance deixa dúvidas mas o argentino não se fez rogado e converteu com sucesso. Seria o primeiro de muitos, porém, o único da 1.ª parte.
Antes do intervalo destaque para uma falta duríssima de Rodrigo Brazão, por trás, sobre Gomes à entrada da área. Os árbitros em Portugal continuam a não cumprir a lei e mostrarem vermelho neste tipo de lances. Pedro Ferreira não fugiu à regra e ficou-se pelo lisonjeiro amarelo. O anti-jogo agradece.

O risco nem sempre compensa
A entrada de Marco Aurélio, nos açorianos, ao intervalo, quase provocava estragos na baliza local. O médio, pela direita, tentou uma espécie de 'chapéu' mas Bruno Sousa, com uma palmada, terá evitado mesmo o golo do empate logo ao primeiro minuto da segunda metade.
O 'pressing' do Operário intensificou-se e voltou a estar perto de marcar. Aos 48', Lucas disparou forte mas um pouco por cima do travessão.
Durou pouco a pressão dos visitantes já que em 2 minutos o Tondela virou o perigo para o outro lado do campo. Aos 49', Piojo quase aproveitava um mau atraso mas atirou ao lado e aos 52', os tondelenses aumentaram mesmo a vantagem.
Ewerton até escorregou na marcação de um livre directo mas o último toque do esférico no relvado foi fatal para Nuno Ricardo que não segurou e viu depois Piojo aparecer de rompante e a cabecear para o fundo da baliza.
Com o 2-0 e o passar do tempo, Francisco Agatão foi pedindo à equipa para subir e quanto mais esta o fazia, mais frequentemente os avançados do Tondela apareciam nas costas da defesa açoriana.
Ainda assim, foi novamente de bola parada que os da casa chegaram ao 3-0. Ewerton bateu tenso e após um primeiro ressalto, Piojo 'fuzilou' e fez o 'hat-trick'
O risco, que ia aumentando por parte dos forasteiros, não dava frutos mas o Tondela continuava a facturar. Aos 77', foi a vez de Simões aproveitar uma defesa incompleta de Nuno Ricardo para aumentar a 'contagem'.
Com a derrota praticamente garantida, o Operário nunca desarmou e acabou por reduzir através de um desvio ao 1.º poste de Hugo Santos. A resposta foi dada por Ricardo que, pouco depois, aumentou para 5-1 com facilidade. Os açorianos voltaram a marcar, por Zé Manuel, de livre após um desvio da bola no poste mas foi o Tondela que sentenciou a partida com o 6-2 já aos 91', com Ricardo a fazer um chapéu a Nuno Ricardo.
Antes do apito final, tempo ainda para a expulsão de Lucas ao reagir, com uma agressão, a uma entrada dura de Vítor Borges. O tondelense safou-se de, pelo menos, um amarelo.
Resultado acertado, talvez um pouco exagerado, da equipa mais expedita, criativa e finalizadora.
Arbitragem 'salpicada' com alguns erros.
Vitor Ramos in Diario Regional de Viseu