acabou o sonho

Cinfães 1 - Porto 4

Estádio Professor Cerveira Pinto, em Cinfães

Árbitro: João Capela (Lisboa)

Cinfães:

Miguel Matos, Nakata, Kipulo, Jonas, Luis Carvalho, Rogério, Rui, Pinto, Mauro (Zé Pedro), Sérgio Silva (Sidon Dias), Miki;

Suplentes não utilizados: Padeiro, Domingos, Carlitos, Serra, Nogueira.

Golo: Sérgio Silva.

Treinador: Vitor Moreira.

Porto:

Nuno, Tengarrinha (Candeias), Rolando, Stepanov, Lino, Guerin, Pelé, Tomás Costa, Mariano, Tarik (Hulk), Farias (Rabiola);

Suplentes não utilizados: Ventura, Benítez, Lucho, Bolatti.

Golos: Farias, Guerin (2), Candeias.

Treinador: Jesualdo Ferreira.

A 5ª eliminatória da taça de Portugal, trouxe um grande o futebol português ao distrito de Viseu, mais concretemente ao concelho de Cinfães, numa partida que transbordava clima de festa.

Curiosamente, foi o Cinfães a dominar a fase inicial do encontro, contra todas as previsões, com boas trocas de bola e rapidez de execução, onde sobressaía Mauro, o mais inconformado dos locais nesta fase da partida.

Ao intervalo, o nulo que se registava, castigava a falta de atitude dos dragões, e premiava a coragem e o acerto da equipa do Cinfães.

Na etapa complementar, tudo se alterou e veio "ao de cima" a mais valia dos jogadores comandados por Jesualdo Ferreira, que chegaram á vantagem por intermédio de Farias; os locais reagiram e chegaram á igualdade por intermédio de Sérgio Silva, transformando a partida num cenário gigantesco de festa, onde os mais incrédulos podiam constactar a força demonstrada por uma representante da AF Viseu.

Demorou apenas 2 minutos a surpresa, uma vez que o FC Porto na jogada seguinte, adiantou-se novamente no marcador, através de um lance de bola parada muito bem finalizado por Guarin.

Com este rude golpe, o Cinfães sucumbia, e o Porto aproveitava então para dilatar a vantagem, sendo os tentos de Candeias e Guarin uma consequência natural da diferença de preparação, qualidade, soluções e orçamentos que separam estas duas equipas.

O FC Porto continua em prova, e o Cinfães merece uma palavra de incentivo pela coragem com que assumiu a partida, pela postura demonstrada e pela dignidade com que defendeu a camisola, a localidade, e o distrito de Viseu.

No flash-intervew, Jesualdo Ferreira criticou a apatia evidenciada pelos seus jogadores na fase inicial ("houve uma má primeira parte do FC Porto, com pouca atitude, e se o Cinfães estivesse em vantagem ao intervalo...seria justo!"), e o pouco profissionalismo ("Quando se representa o FC Porto e se enverga a camisola deste clube é para manter a mesma atitude do primeiro ao último minuto do jogo. Para nós internamente, este também é um exemplo mau de como nunca podemos deixar de abordar os jogos com a responsabilidade que temos e pelo respeito que nos merecem os adversários e também os adeptos do FC Porto”); elogiou as rápidas transições da equipa do Cinfães, e deixou um aplauso ás excelentes condições do relvado municipal de Cinfães.

Farías, lamentou as poucas opurtunidades na Superliga ("Tenho de trabalhar mais para me afirmar enquanto goleador. Se jogar pouco no campeonato, dificilmente marco golos").

Jonas reconheceu a diferença abismal que separa as duas formações, nomeadamente a nivel fisico, e o treinador do Cinfães, Vitor Moreira, elogiou a 1ª parte de sonho que viveu nesta eliminatória ("Fizemos uma primeira parte brilhante. Na segunda parte sabíamos que a condição física seria determinante e isso aconteceu. O primeiro e o terceiro golos do FC Porto apareceram por falhas nossas; Os meus jogadores estão de parabéns, tal como a nossa vila e as gentes de Cinfães.")

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LEIXÕES O - BENFICA O (5-4 gp)

Estádio do Mar, Matosinhos

Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)

Leixões:

Beto, Vasco Fernandes, Joel (Sandro), Élvis, Laranjeiro, Roberto Sousa, Bruno China, Hugo Morais, Braga (Chumbinho), Wesley, Diogo Valente (Zé Manel);

Suplentes não utilizados: Berger, Serginho Baiano, Castanheira, Marques.

Treinador: José Mota

Benfica:

Moretto, Maxi Pereira, Luisão, Sidnei, David Luiz, Binya, Katsouranis, Ruben Amorim (Balboa), Reyes, Aimar (Nuno Gomes), Suazo (Cardoso);

Suplentes não utilizados: Moreira, Miguel Vítor, Yebda, Urreta.

Treinador: Quique Flores

No encontro mais importante da 5ª eliminatória da Taça de Portugal, o Benfica viajava até Matosinhos com apenas um português no onze inicial (Ruben Amorim).

Não foi aquele Leixões "sensacional" que os encarnados certamente esperavam, que têm habituado os muitos adeptos que acompanham a equipa, e que ganhou a eliminatória na "lotaria" dos penalty´s, muito pelo contrário, foi um Leixões defensivo e completamente dominado, sem chama e não justificando os rasgados elogios que lhe têm sido feitos pela comunicação social.

Para a história fica o resultado, as exibições não dão pontos nem passam eliminatórias.

Para as entrevistas e destaques, fica a felicidade do Guarda - Redes Beto ao defender o penalty de Reyes.

Para reflexão e posterior análise, fica o minuto 93 da partida, quando Joel corta a bola com o braço dentro da área Leixonense e ainda agarra a perna de Nuno Gomes.

Para lamentar, fica a duvida se a comunicação social dará a este lance (93 minutos) o interesse que dá a outros, movidos por declarações "incendiárias".

Para aplaudir, fica novamente a atitude de Quique Flores, que mesmo prejudicado, passou ao lado das arbitagens " controlámos o jogo, mas, ao não fazermos golos, deixámos que a decisão ocorresse nas grandes penalidades e isso, como se sabe, é uma lotaria", referiu o treinador espanhol à Benfica TV.